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Câncer de Mama: tudo sobre a prevenção

Apesar de ser uma das doenças que mais acomete as mulheres, no Brasil e no mundo, o início da prevenção do câncer de mama é feita, exclusivamente, por você!

Nas mulheres casos se iniciam na faixa dos 20 anos de idade. Porém não são somente casos femininos, homens também podem desenvolver a doença. De fato, a ocorrência em mamas masculinas é inferior, apenas 1% dos casos.  Você pode conhecer mais detalhes neste texto.

Quer saber quais cuidados devem ser tomados? Atenção para as dicas de prevenção!

 

  1. Auto-observação

Cuidar do corpo não é apenas estar satisfeita com o espelho, com o corte de cabelo, com o peso indicado na balança. Muitas vezes, discursos sobre estética e beleza vêm disfarçados de cuidados com a saúde.

A nossa atenção com os padrões é imposta e constante. Por isso, é preciso dedicar nosso tempo, tão organizado no dia a dia, para uma observação mais cuidadosa: com as regularidades do nosso corpo.

A prevenção do câncer de mama começa antes do nódulo ser apontado. Quando estiver em momentos de conforto, um instante em frente ao espelho, deitada em sua cama, ou no banho com as mamas ensaboadas, observe:

Os mamilos – se eles estão regulares, sem distorções, se o formato deles não está alterado.

Se há secreções – líquidos podem ser expelidos involuntariamente, sem que você esteja amamentado.

Se há vermelhidões nos entornos dos seios. Outro indicador é a pele dos seios estarem espessas, com o aspecto da casca de uma laranja. Como se estivesse irritada.

 

  1. Autoexame

 Além do olhar cuidadoso, que você vai desenvolver, é importante dedicar um tempo ao chamado exame de toque. Esse momento é especial, hora de se olhar e se tocar.

Sempre que iniciar seu período menstrual, ou seja, todo mês, a partir do primeiro dia conte 3 a 5 dias e reserve um tempo para o “toque”. Ah, se você está no período de menopausa, estabeleça uma data mensal para realizar as dicas que vamos ensinar:

 

Passo 1: em frente ao espelho

Tire a roupa e observe os seios com os braços caídos. Depois, levante os braços. Como está o tamanho, forma e cor das mamas? Há alguma diferença entre elas?

 

Passo 2: corpo molhado e as mãos ensaboadas

Levante um dos braços e o coloque atrás da cabeça, na região do pescoço. Com a outra mão apalpe cuidadosamente a mama, a que está do lado do braço erguido.

Para fazer esse movimento, junte os dedos da mão e os deixe esticados. Você vai fazer movimentos circulares em toda a mama e de cima para baixo.

Depois da palpação da mama, pressione os mamilos suavemente para observar se existe a saída de qualquer líquido.

 

Ei! Faça o toque nas duas mamas!

 

Passo 3: deitada e relaxada

Ao deitar, coloque uma almofada debaixo do ombro, a mama que está desse lado será apalpada.

Com a outra mão faça os mesmos movimentos que você fez no banho, quando estava em pé.

Assim está terminada a avaliação das duas mamas!

 

  1. Ajuda profissional

Depois de fazer a auto-observação e o autoexame, você poderá identificar se algo não está regular. Se você encontrar alterações nas mamas, é porque é hora de consultar um ginecologista ou um mastologista.

A ginecologia  pode te ajudar por ser a área da medicina que lida com a saúde do aparelho reprodutor feminino (vaginaúteroovários) e das mamas. Também há a Mastologia, a especialidade médica que estuda diretamente as doenças da mama, dentre elas, o câncer de mama. Em ambas as áreas, com o emprego de modernos e menos agressivos métodos de tratamento, um profissional vai indicar a realização de exames, que conseguirá identificar o problema.

 

  1. Histórico

O câncer de mama pode ser adquirido ou hereditário. O de caráter genético corresponde de 5% a 10% apenas do total de casos da doença. Fique atenta ao seu histórico familiar!

Em sua maioria, os casos de câncer de mama são adquiridos.  Diversos fatores causam alterações no nosso organismo, como em qualquer outra doença, a exposição, que sofremos ao longo da vida, aumenta os ricos de desenvolver o câncer de mama. As nossas alterações biológicas, causadas pelo envelhecimento, alargam essa ameaça.

Dentre os motivadores, levantamos alguns “fatores de risco” para ilustrar esse movimento. Mulheres com menopausa tardia, depois dos 55 anos, são mais propensas a desenvolver câncer de mama. Em alguns estudos, mulheres que apresentam a primeira menstruação antes dos 12 anos, ou seja, precocemente, aparecem com duas vezes mais chances de desenvolver tumores graves. Metade dos casos de câncer de mama gestacional – em grávidas ou no ano seguinte à gravidez – é do tipo basal, o mais agressivo e difícil de tratar.

Perceba que as nossas fases etárias propiciam fatores diferentes. Pois é, não tem uma idade certa para se cuidar. Se você é uma mulher adulta pode começar a sua prevenção agora.

Atenção: a presença de um ou mais desses fatores de risco não significa que a mulher necessariamente terá a doença.

  

  1. Hábitos

Hábitos saudáveis ajudam a reduzir em 30% os casos de câncer de mama. Essas práticas, na verdade, vão te ajudar em todos os âmbitos da sua vida, a prevenir o câncer de mama e todos os outros. Atividades físicas regularmente, se alimentar de forma saudável, manter o peso corporal adequado, evitar o consumo de bebidas alcoólicas.

  

  1. Exames

 Não existe só um tipo de câncer de mama. Alguns casos de câncer de mama evoluem de forma rápida, a maioria, não. Por isso precisa ser tratado de imediato. Há o Carcinoma ductal, com origem nos ductos mamários e apresenta vários subtipos. É o mais comum, encontrado em cerca de 80% dos casos. E, também, Carcinoma lobular, esse tem origem nos lóbulos, responsáveis pela produção do leite materno. É diagnosticado em cerca de 5% a 10% dos casos. Em geral, quanto mais localizada a doença, melhor é a possibilidade de tratamento.

 

Essas dicas podem ter mudado a sua forma de entender a importância e a dimensão da consciência feminina a respeito do câncer de mama. Seja você a responsável pela sua saúde! Faça o autoexame regularmente e consulte sempre um profissional da área.

 

 

Não existe idade certa quando o assunto é prevenção, mulher!

Ser mulher é assim: estar atenta a cada mudança do corpo. Nós sabemos, eu e você, que as alterações visíveis são as que mais nos chamam atenção. Porém vamos falar das mudanças que não estão a olho nu, as que dependem do seu toque.

Embora o maior número de casos seja na fase adulta, nunca é cedo para começar a prevenção contra o câncer de mama. Uma mulher, de qualquer idade, consegue identificar o que não está normal em suas mamas, apenas usando as mãos.

Este é o câncer mais comum nas mulheres de todo o mundo e no Brasil, sabia? Por essa razão, diversos tabus são levantados na sociedade. “Tabus” são discussões relacionadas à proibição de certas ações, assim, são consideradas mal vistas socialmente. Ou seja, existem dizeres sobre o câncer de mama que circulam por aí, sem que sejam de fato, uma verdade.  Você já ouviu falar de algum desses?

 

1º “Por ser câncer não tem cura”

Mentira, não é verdade, nem por um segundo, que o câncer é incurável. E o fato mais interessante é que a maior parte dos casos de cura é descoberta pelas próprias mulheres!

 

2º “Só depois dos 35 anos as mulheres podem fazer exames de mama”

Esta é uma invenção sem sentido do senso comum. Pesquisas confirmam que quanto mais cedo descoberto o câncer de mama, maior as chances de tratamento e principalmente de cura.

É verdade, sim, o extenso número de casos da doença entre mulheres de 35 a 40 anos de idade. Porém, se algo for percebido por você em suas mamas, não hesite em procurar um médico, independente da sua idade! Provavelmente ele solicitará uma mamografia diagnóstica, que investiga lesões suspeitas na mama.

 

3º “O câncer de mama é hereditário”

Ok, esse dizer tem uma parte de verdade: o câncer de mama de caráter genético corresponde de 5% a 10% apenas do total de casos da doença. Sendo assim, até pode ser hereditário, mas em sua maioria é adquirido.

O correto é entender que a doença provém do crescimento desordenado de células com potencial invasivo. As alterações podem ser adquiridas por diversos fatores, ou hereditárias.

Fique atenta ao seu histórico familiar e às formas de prevenção, buscando sempre ajuda médica!

 

4º “Apenas depois dos 50 anos que as mulheres devem fazer exames com frequência”

Não há idade para a prevenção. Essa informação não é verdadeira em sua totalidade, porém, mulheres dessa faixa etária precisam fazer a mamografia de rastreamento, a cada dois anos.

Como em qualquer outra doença, a exposição, que nós mulheres, sofremos ao longo da vida, aumenta os ricos de desenvolver o câncer de mama. As nossas alterações biológicas, causadas pelo envelhecimento, alargam essa ameaça. Mulheres com menopausa tardia, depois dos 55 anos, são mais propensas a desenvolver câncer de mama.

Então, a partir dos 50 anos, a mamografia de rastreamento pode ajudar a identificar o câncer, antes mesmo que consigamos observar os sintomas.

 

5º “Só é câncer se for um nódulo que não dói”

Apenas um dos sintomas do câncer de mama é o nódulo fixo indolor. Não acredite em generalizações e nos tabus. Outros sinais são: a pele do seio ficar avermelhada e espessa, aparecer nódulos nas axilas ou no pescoço, alterações no formato dos mamilos e também a saída de líquido deles.

Caso perceba um desses sintomas, procure imediatamente um serviço para avaliação diagnóstica. Tais alterações podem não ser câncer de mama, só o médico pode assegurar essa informação!

 

6º “Somente mulheres que tiveram a menarca antes dos 12 anos podem desenvolver o câncer de mama”

Em alguns estudos, mulheres que apresentam a primeira menstruação antes dos 12 anos, ou seja, precocemente, aparecem com duas vezes mais chances de desenvolver tumores graves. Porém, essa não é uma constante. Nem toda mulher que teve a menarca precoce tem câncer de mama, e nem toda mulher que tem câncer de mama, menstruou cedo.

Logo, não é uma obrigatoriedade como circula esses dizeres. Mas um fator de risco. A você cabe dedicar-se aos sinais, o restante compete a um profissional estar alerta ao seu histórico.

 

7º “É perigoso ter a primeira gravidez após os 30 anos”

É verídico que, independente da idade, metade dos casos de câncer de mama gestacional – em grávidas ou no ano seguinte à gravidez – é do tipo basal, o mais agressivo e difícil de tratar.

A primeira gravidez ser depois dos 30 anos, então, é um fator de risco. Os especialistas afirmam que a gestação se torna uma boa condição biológica, pois uma glândula mamária que chega aos 35 anos sem amamentar, têm células imaturas.

A presença de um ou mais desses fatores de risco não significa que a mulher terá necessariamente a doença.

 Acredito que você conseguiu entender a importância e a dimensão dessa campanha. Então, não acredite nos tabus, e seja você a responsável pela sua saúde! Faça o autoexame regularmente e consulte sempre um profissional da área.